SOPINHA DE LETRAS

(ou seria Sururu de Capote?)

A sucessão em Marechal Deodoro, município altamente atrativo politicamente, conseguiu reunir aproximadamente 13 candidatos ao cargo maior – PREFEITO.
Além de reativar a cobiça de ex-prefeitos e de vereadores de mandato, outros novos nomes foram colocados na vitrine antecipadamente para colher a reação dos votantes.
Após alguns meses, no processo seletivo natural foram passando na peneira apenas os nomes que têm a maior preferência popular além dos teimosos e dos persistentes. Pode-se assegurar que apenas 4 ou 5 superaram a filtragem inicial o que os colocam na possibilidade virem a se tornar candidatos a prefeito.
Outro aspecto interessante de se analisar nesse processo é a participação, nas grandes mesas de negociações, dos caciques da política local, que também vislumbram os louros de uma vitória na terra do Deodoro.
Danilo, prefeito em quarto mandato (mesmo atualmente afastado), deverá se defrontar novamente com Collor, justo quem o mandou prender quando era governador. Acontece que Danilo, que segue a cartilha de Renan Calheiros esperou muito sua decisão. Mas Danilo somente não contou que Renan já estaria estimulando a candidatura de Cristiano Mateus e, que após sua derrocada nacional, firmaria acordo com Fernando Collor para apoiar Euclydes Mello.
Danilo foi incitado a discutir uma alternativa junto à dobradinha Renan-Collor, mas reagiu por não concordar em estar ao lado de seu desafeto. Por esse motivo, por não confiar em mais ninguém e revoltado porque o plano inicial falhou, o prefeito Danilo Damaso decidiu lançar o sobrinho Júnior Damaso, filho de Decelis Damaso, sua irmã e candidata a prefeita de Coqueiro Seco.
Com esse quadro podemos hoje montar uma sopinha de letras formada pelas iniciais dos principais candidatos a sucessão ao todo poderoso Danilo Damaso. Dos slogans que circulam na cidade temos: Juventude e Determinação, Experiência e Moralidade, Jogo Limpo, Perseverança e Seriedade, Mais Amor e... e basta por aqui e agora.

Paulo Alencar