quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Maré Alta - 27.10.2009
Arico Siarra

Notícias, notícias mil sem nenhum conteúdo
Recebo diariamente e-mails oriundos do gabinete da imprensa da prefeitura de MD que venho catalogando (já passa dos 80) para um oportuno comentário sobre o conjunto dos mesmos, recebidos até o momento. Às vezes o resumo é tão precário que torna o informe incompreensível e até perigosamente comprometedor. Recentemente foi enviado o seguinte:
Falcatruas são reveladas para imprensa O prefeito Cristiano Matheus revelou em coletiva à imprensa, as irregularidades apontadas pela auditoria na folha de pagamento. E também revelou um rombo no cofre do Fapen” .
Tudo isso, acontecido aonde! Em Marechal Deodoro? Quando? Nos nove
meses de sua gestão?

Entre outras baboseiras, no mês de setembro foi enviado um informe, mais uma vez resumido, que abreviadamente dava conta de uma “audiência pública na Câmara de Vereadores”. Ao se ler o texto fica-se sabendo que o vice-prefeito e secretário da saúde Petrúcio Soares Fifi, esteve na Câmara, prestando contas de sua pasta. A isso foi chamado Audiência Pública? Que Padeciço me socorra!!!!

Isto nos lembra um jornalzinho que teve uma ou duas edições ao tempo do Dr. Fifi presidente da Câmara, onde numa das edições estava estampado: O vereador tal, apresenta projeto de lei ao Estado para duplicação de Al 101. No texto, nós, os Zé Povinhos, tomávamos conhecimento de que aquele vereador investido de representante da nossa comunidade enviara um ofício ao Governo do Estado para que fosse agilizada - ou qualquer coisa assim - a duplicação da referida via pública estadual. Será que esses nossos políticos não sabem diferenciar um projeto de lei e uma simples missiva em forma de ofício? Ou acham eles que somos todos idiotas? Apesar de todo este absurdo a que somos submetidos, seria altamente salutar convidar alguém com o necessário preparo para uma palestra sobre o que seja e para que se presta uma audiência pública, bem como a diferença entre um projeto de lei e um ofício!!!

E Barrichello?
Com o grande prêmio da fôrmula 1 do Brasil, melancolicamente, o sonho acabou, bem como a deslavada e absurda torcida do seca pimenteira (Gavião Bueiro), que poderia ter mais respeito e consideração para com o torcedor, obrigado a ter de ouvir tão ridícula postura de um profissional do microfone, num evento de importância internacional. Se não com imparcialidade pelo menos com mais moderação e acima de tudo, com o respeito minimamente devido aqueles outros astros do volante, que demonstraram toda a sua genialidade para atingir os pódios necessários, somados a outras tantas classificações pontuais, capazes de levá-los aos títulos de Campeões. E se pensam que não torci por Barrichello, estão redondamente enganados. Torci e muito... Porém, consciente de suas sumárias possibilidades e considerando suas limitações. Ano que vem, Barrichello mudará de escuderia. Ótimo! Será mais um ano de boa receita para um brasileiro que poderá se tornar, futuramente, um empreendedor aqui neste nosso país, gerando empregos e renda para brasileiros. Mas não deveremos ter ilusões... Para nossa ufania, só nos resta o retorno de Felipe Massa!

Impressionante
Quem diria! O jornal “O ESTADO DE SÂO PAULO” publicando um matéria de grande profundidade, demonstrando os positivos impactos econômicos do Programa Bolsa Família. Está lá! No “ESTADÃO” de dia 16 último. A reportagem publicada mostra os resultados de um estudo que analisou e concluiu mensurando com números, o abrangente efeito positivo daquele programa de inclusão social. A analise, que teve como base os anos de 2005 e 2006, evidencia que o acréscimo de R$ 1,8 bilhão no Bolsa Família proporcionou um crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB), da ordem de R$ 43,1 bilhões o que por sua vez provocou um conseqüente acréscimo adicional nas receitas tributárias, de R$ 12,6 bilhões


Quem são os autores do estudo
Se pensam que são economistas ligados ao PT ou a alguém que comunga da intimidade da sala de jantar do presidente Lula, estão completamente enganados! Esta análise foi elaborada por um economista (Naercio Aquino) que além de professor da Faculdade de Economia da USP, é também o coordenador do Centro de Políticas Públicas, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa). Para a concretização deste trabalho este professor contou com a colaboração de outro reconhecido economista (Paulo Henrique Landim). E estes economistas não estão nada afetos à cartilha das teorias heterodoxas de programas de inclusão social.
O meu diabinho, certamente do mal, até fica me cutucando para me fazer crer que o intuito inicial do estudo era o de constatar que o Programa Bolsa Família, estava sendo uma grande demagogia política do governo Lula.

O que mais falta?
Está provado, agora mais que nunca, por alguém insuspeito, que programas de transferência de renda bem direcionados são instrumentos multiplicadores numa economia devidamente ajustada. Só para se ter uma idéia simplista sobre os números acima expostos, podemos constatar que, para cada quatro (4) centavos acrescido aos valores disponibilizados para o Bolsa Família, haverá um crescimento no PIB, da ordem de um (1) real.
Tudo isto elevado à casa dos bilhões, dar-nos-á a idéia clara do efeito que esse programa representa na economia da nação, pela inclusão de uma fatia de gente agora com poder de consumo, que significa poder aquisitivo, que se traduz por compras que exige mais aumento de produção industrial e de expansão comercial, com geração de mais empregos, com mais conseqüente poder aquisitivo e mais expansão de compras e mais produção e mais, e mais, e mais... E também demonstra porque toda a política do governo do presidente Lula, voltado para o social, foi, se não o maior, um grande fator a influir numa crise que se evidenciou marola, sim. Será que os manteúdos do apocalipse conseguem alcançar esta clara compreensão? Não? Aaaahhh! Tá explicado!
É por isso que eu te odeio, operário Lula.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Maré Alta – 08.10.2009
Arico Siarra


Notícias que não costumam sair na grande mídia

Não perdem a embocadura
Um general americano, Jim Jones, assessor do presidente dos EUA, Barack Obama, esteve cá pelo nosso país e deitou falação como se aqui fosse uma colônia americana: Recomendou que o Brasil não mantivesse contato para negócios do petróleo com Irã e da Nigéria, mostrando simultâneo desagrado pela negociação de um empréstimo de dez bilhões de dólares (US$ 10.000.000.000-) que a China colocou à disposição do Brasil, em troca do petróleo brasileiro, a ser extraído do pré-sal. Mais patético ainda, é que o visitante em reunião na Petrobrás, arrogantemente disse que os EUA deveriam ter sido consultados sobre o assunto.
Não vi qualquer informe de pedido de desculpas por parte do governo daquele petulante poderoso país que há pouco mais de um ano colocou nosso planeta terra numa desabalada crise onde os países pobres sempre pagam o pior pato. Incapazes de controlar e resolver seus sérios problemas, mas sempre arrogantes

e pretensiosos a quererem se imiscuir na soberania de outros países.

A grande virada do Banco do Brasil
Quando o governo federal trocou a diretoria do BB, a oposição foi de pau e espingarda em cima do presidente Lula. E a mídia deu plena cobertura à hipócrita quanto fraquíssima argumentação dos “quanto pior melhor”. O objetivo de Lula colocado de forma clara, era o da redução de juros, que os bancos privados teimavam em não baixar. E a destituída diretoria do BB, seguia firme, a política dos bancos particulares. Os inatingíveis senhores feudais do particular universo financeiro, verdadeiros sanguessugas da nossa economia, afirmaram

que as taxas a serem praticadas pelos bancos públicos (aqui, entenda-se o BB
e CEF), não seriam sustentáveis.
Pois bem: O BB fechou o segundo semestre de 2009 (após a troca da diretoria)

com um lucro líquido de dois bilhões, trezentos e quarenta e oito milhões de
reais (2.348.000.000,00), ou seja: 42,8% acima do mesmo período do ano passado (antes da manifestada crise). Com o resultado deste primeiro semestre do corrente ano, a instituição estatal, retomou a liderança do setor bancário do país. E agora como estão os papagaios senadores e os deputados federais da oposição que tanto criticaram as mudanças da diretoria do BB?

Procurando explicar
A grande massa da população não entende certos termos do universo financeiro. Assim, por exemplo, é chinês, falar para uma boa parte da população em “Spread”. Mas spread, nada mais é do que a diferença do custo que o banco paga pelo dinheiro captado e o que ele cobra pelo dinheiro aplicado. Para uma maior exemplificação, suponhamos que um banco capte uma grana, seja de pessoa física ou jurídica, em depósito a prazo fixo, e pague por essa captação, 1% de

juros ao mês. O banqueiro emprestará essa grana no mesmo dia (se é que não emprestou no dia anterior) a 3,5% am.
Logo o spread aplicado foi de 2,5% am. Mas se alguém pensa que a coisa para

por aí, está muito enganado. Tem o fenomenal cheque especial pelo qual o
correntista pode sacar a descoberto, por cujo saldo vermelho ele estará pagando de 6 a 10% am. E é só? Não!
Todo o banco tem o seu cartão de crédito para o qual é destinado uma boa grana daquela captada a 1%, e que vai render aos cartões de 8 a 12% am, calculado em cima do saldo devedor deixado para além do seu vencimento. Para concluir, nosso país, Brasil, está entre os cinco países que tem o maior spread do mundo. Um absurdo para quem cobra do correntista, até a rodopiada da porta giratória da entrada (e saída) de suas agências.

Não é mágica!
Grana captada hoje e emprestada ontem? Sim! Quantas vezes você já não enfrentou o gerente de banco, para obter um empréstimo. Ele, para te fazer o grande favor de te arrumar aquele valor que você precisa para ontem, finalmente concorda em te fazer o empréstimo com a seguinte observação, depois de tudo assinado com a data do dia:
-Tá tudo certo! Mas você só poderá sacar amanhã! Porque só hoje à noite é que a
operação será processada (isto é uma das mentiras mais deslavadas que existem. E esta observação acontece depois que ele tentou empurrar um seguro ou um título de capitalização com direito a milhões em prêmios. Só não digo que estes não acontecem, porque uma amiga minha, dona de uma pousada no Francês, já foi premiada. Mas, em meus 50 anos de espoliado pelos bancos, é a primeira sortuda, de um universo abrangente de aproximados conhecimentos).

Um bom exemplo
No município de Igreja Nova, AL, uma parceria entre a Prefeitura, a Câmara de vereadores e a Usina Caeté S/A., beneficiou 35 famílias de duas comunidades lá

do Baixo São Francisco.
A Usina não satisfeita em ser a maior geradora de empregos da região, cedeu uma área de 25 hectares para plantio de feijão e milho, cuja colheita já foi realizada, tendo sido colhido cerca 18 toneladas de feijão e 25 toneladas de milho. A área cedida para o plantio é aquela parte de terra destinada à renovação do canavial.

E, mudando de mídia...

Alô, Alô, Marechal Deodoro!
Acreditamos que com boa vontade, aquele bom exemplo pode muito bem ser almejado pela gente trabalhadora de Marechal Deodoro, não? Será que o seu prefeito e os dignos vereadores, máximos representantes da população do

da Usina Sumaúma da família Toledo!
Vamos tentar?

Fôrmula 1
E o nosso Barrichello, hein!? A esperança é a última que morre... Será que sem o seca pimenteira da globo, ele não teria tido melhor sorte até hoje? Torçamos para que a esperança, não se esvaia em algum fatal acidente!
Quanto ao resto, só uma perguntinha: Por que não foi ele o ganhador dos grandes
prêmios que seu companheiro de escuderia com carro igual, venceu?

Mal comparando
Ouvi Barrichello referir-se, em tom de crítica, ao acidente premeditado de Piquet Junior! Terá sido isso mais grave do que ocorreu com Barrichello, na Ferrari, quando deixou passar, despudoradamente, numa das últimas voltas, o seu companheiro de escuderia que necessitava do primeiro lugar para garantir em pontos, o sucesso de campeão?

Ou aquilo não, mas isto sim, faz parte do jogo?

Quê mais?
Depois de tudo, só falta uma piadinha sem graça, né? Então lá vai:

“Um ciclista pedalava tranqüilo por uma auto-estrada, quando avistou, paralelo a esta, mas bem mais em baixo, um grande rio. Na sua margem encontrava-se um pescador de vara em punho aguardando algum esfomeado peixe. O ciclista parou à beira da pista e gritou lá para baixo:
- Oi! Como está a coisa aí? Tá dando?
- Eu não! Mas se você quiser me dar sua bicicleta eu aceito!”

Uma frase: Já estão me considerando tão idoso que nem mais me perguntam a idade. Querem apenas saber quantos comprimidos tomo por dia.