Enquanto tomamos conhecimento de atos não condizentes com a ética, a moral e, no mínimo com a boa condução no gerenciamento dos bens públicos serem afinal punidos exemplarmente, a sociedade deodorense fica perplexa ante a postura daqueles que, suspeita ou comprovadamente, usurparam o erário descaradamente e continuam flanando em público, em tom zombeteiro, como se certeza tivessem da impunidade.
Esta sociedade, que diante dos atos de uma Promotoria amplamente divulgados na mídia se viu retomada da esperança que algo de positivo viesse acontecer na pacata Alagoas do Sul, recebeu uma forte ducha de água gelada com uma decisão judicial aparentemente inócua.
A bem da verdade é bom que se ressalte a correta posição do magistrado na tomada de uma decisão sem que antes houvesse a concessão do direito de defesa dos acusados. Além de tudo não se pode atribuir a culpa a alguém sem um julgamento e, conseqüentemente uma condenação. A cautela decisória parece ter sido a tônica. Entretanto, ante a grande expectativa de mudanças dos rumos na primeira capital do Estado, uma decisão bem fundamentada provocou na população um sentimento de decepção e desilusão. Era a frustração da expectativa na pronta punição enterrando os anseios e as esperanças de um pronto basta aos ilícitos apurados e comprovados num processo investigatório promovido por uma promotoria pública íntegra e corajosa.
A justiça tarda, mas não falta, diz o adágio popular. E é com base neste aforismo que devemos nos apegar e renovar nossas forças para continuar a luta por uma sociedade ética, moral e comprometida com os interesses comunitários, sem a acomodação que se apodera da grande maioria da população que aparentemente fica a esperar apenas a justiça divina.
Paulo Alencar
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