Maré Alta – 28.05.08
Arico Siarra (sabidamente, pseudônimo de A. C. Arrais)
Diretamente de São Paulo
Ainda, a menina Isabella
Achamos, da mesma forma que a quase totalidade da população, que as evidências estão levando à conclusão de quem foram os autores do bárbaro crime. Mas também somos daqueles que defendem o princípio de que não se pode considerar um suspeito de criminoso, sem que tenha havido o julgamento e respectiva condenação. Reafirmamos também aquilo que já defendemos publicamente: A pena de morte para crimes monstruosos como este. A população pagadora de tão pesados impostos, não pode ficar pagando cama, roupa lavada e comida para assassinos que sequer merecem apodrecer no chão de uma sela de prisão.
George Sanguinetti e a menina Isabella
Sanguinetti, tido como louco por alguns e por outros, como competente perito, que apresentou trabalhos contestando a forma oficial da morte de PC Farias, foi contratado pela família dos suspeitos da morte da menina Isabella, para analizar os laudos periciais apresentados. E o fez, segundo opinião generalizada, de um modo um tanto precipitado quanto arrogante, menospresando e até redicularisando a perícia de São Paulo, que já veio a público, para anunciar a abertura de um processo contra o sr. Sanguinetti.
Grande torcida
Não resta dúvida de que, como nós, tem muita gente de bem, torcendo para que apareça algum anormal ou pelo menos sejam constatados alguns indícios da existência de uma terceira pessoa que tenha perpetuado tão hodiondo assassinato. Mas as afirmações iniciais de Sanguinetti parecem ter tido uma conseqüência contrária à pretendida pela família. As afirmações deste perito, não soaram muito positivas às convicções já estabelecidas na cabeça das pessoas. E aí, quem passa a ser julgado é o perito vindo das Alagoas. Tais figuras, dizem, são sempre de Alagoas... e o desfile se abre com os Collors, os PCs, os Renans e vai por aí fora. Torcemos para que o trabalhoa de Sanguinetti conduza a conclusões séria e comprovadamente claras. Que não sejam justificação apenas de boa grana a ser embolsada pelo nosso perito.
A frase
“Eu não sou do movimento negro. Eu sou um negro em movimento”.
A frase é de Milton Gonçalves que será um dos principais figurantes da próxima novela global “A Favorita”, enterpretando o personagem de um político corrupto.
E por falar em político corrupto...
Acaba a farra dos vereadores?
A Câmara Federal acaba de aprovar em primeira votação, um projeto de lei, que se acha trancado há quase dez anos naquela casa. Por esta lei aumentar-se-á o númerio de vereadores em alguns municípios mas vai se reduzir de 8 para 4,5% os duodécimos do repasse de verba para as Câmaras Municipais. Dependendo da aclassificação do município esse repasse pode até ser da ordem de 2%.
O que falta
Para a efetivação dessa lei, ela ainda pecisa passar por uma segunda votação na Câmara Federal, para ser enviada ao Senado onde deverá igualmente ser discutida e votada. Apesar da precariedade do tempo, ela deverá ser aprovada sancionada e promulgada ainda a tempo de sua entrada em vigor, a partir do novo período legislativo dos municípios a iniciar-se o ano que vem (2009).
Nossa tristeza
Com tão significativa redução, nós ficamos, muito, mas muito mesmo, preocupados com os nossos vereadores de Marechal Deodoro. Pobres criaturas! Com os minguados recursos que serão repassados à Câmara Municipal, a partir da próxima legislatura, eles não vão mais poder empregar seus familiares como assessores; não vão mais alugar carros até de quem não os tem para alugar; não vão mais almoçar e jantar quase todos os dias, embora só tenham reunião da câmara, à noite, uma vez por semana. Alguns vão ter até que dispensar a sua empregada doméstica, que figura como assessora , recebendo pela câmara. Mas, o mais triste mesmo, são os irmãos, os pais, os sobrinhos e os primos, empregados como assessores, que perderão seu ganha pão.
Mais uma lei para aumentar o desespero e o desemprego no Brasil, de quem se dedica de corpo e alma ao bem do serviço público!
Em tempo: As afirmações explicitadas neste texto, estão contidas no processo da ação movida pela Promotoria contra todos os membros da Câmara Municipal de MD.
Células tronco
O Supremo Tribunal Federal, retoma o julgamento que vai determinar a legalidade ou não, do uso de células tronco embrionárias em pesquisas científicas. Tais pesquisas tem como objetivo a busca de cura para muitas doenças ou deformações físicas, existentes no ser humano, hoje incuráveis.
Solução demorada
O Brasil tem hoje plenas condições técnicas e financeiras para desenvolver perquisas com embriões humanos, podendo oferecer importante contribuíção para o mundo da ciência que trabalha nesse campo específico, embora o Brasil já registre uns três anos de atraso nessas pesquisas. O último obstáculo, espera-se, ocorreu em março próximo passado, quando um dos ministros do STF pediu vista do processo. No popular, isto quer dizer que ele quis analizar mais detidamente o processo para melhor julgar e dar seu voto. Tal verificação pessoal consumiu mais sessenta (60) dias de tempo. Pela opinião de alguns observadores, o resultado deverá ser favorável às pesquisas, numa votação de 7 a 4.entre os ministros votantes.
Os contrários
Existe um universo de pessoas principalmente religiosas e algumas intituíções basicamente católicas, que são contra a utilização de embriões humanos em perquisas, por quê, afirmam as mesmas, tais embriões são vidas.
Todavia, os embriões a serem destinados às pesquisas, serão aqueles não utilizados em fecundação. Tais embriões, se não utilizados nas pesquisas, serão jogados no lixo. E aqui cabem então duas indagações: Andam jogando vidas no lixo? Quantas vidas de seres humanos, nascidos criados e morridos por falta de cura de males que poderiam ser neutralizados por meio das células tronco desenvolvidas a partir dos embriões?
A preocupação
Humildemente assumimos nossa ignorância sôbre muitas coisas da vida e da morte. Mas dentro de nosso sentimento racional, achamos um exagero levado ao extremo a alegação dos contrários. Daqui a pouco, eles se insurgirão com o desperdício de espermatozoides. E logo teremos um grande movimento contra a punheta.
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