O MEU CANDIDATO

Inúmeros são os políticos que num ano eleitoral circulam em meio aos eleitores se apresentando como candidatos ao cargo máximo do executivo. Os atrativos das verbas que lhe são disponibilizadas despertam-lhes a cobiça. Eles sempre aparecem travestidos de cordeiros, cheios de disposição e honestidade, mas nem sempre (ou quase nunca) demonstram uma prática compatível com o discurso.
Os últimos acontecimentos nos sugerem a possibilidade de virmos experimentar alguma mudança nesse quadro, fomentado durante muitos anos pela impunidade. Não acredito, entretanto, que toda essa onde comandada pelas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público seja a solução em definitivo. Essas ações são de fundamental importância, mas insuficientes ante a nossa legislação, recheada de meandros com muitas saídas estratégicas, chegando a ser benevolente em alguns casos onde os autores dos crimes são os poderosos políticos. A nossa legislação me conduz à convicção de que a grande solução é bem mais simples e poderosa. A solução é o voto. Um voto consciente, pensado, analisado e re-analisado, até se chegar a uma conclusão sólida e valorosa.
Como escolher o candidato certo é a questão. Para começo devemos estabelecer parâmetros que nos façam rechaçar o voto pela amizade, pela simpatia e muito menos pelo dinheiro ou favores.
- O candidato deve ser antes de tudo uma pessoa competente e honrada, atributos que só podem ser reconhecidos com a investigação de sua vida profissional e até pessoal.
- O candidato deve demonstrar conhecimento dos problemas do município e de seus habitantes, que pode ser comprovado numa análise de seus pronunciamentos.
- O candidato deve apresentar propostas realistas, factíveis e que possam ser constatadas com o conhecimento de seu plano de trabalho que, por sua vez deve estar consonante com os anseios da população.
- O candidato deve ter um bom relacionamento no meio político, principalmente na esfera federal, fonte dos maiores e mais importantes recursos indispensáveis enquanto se pratica uma política centralizadora.
- O candidato deve ser um empreendedor com uma boa visão empresarial, pois só assim terá êxito na administração dos bens públicos.
Esses parâmetros talvez não sejam suficientes, mas já definem um excelente perfil para um candidato que nos traga uma boa dose de esperança de dias melhores para nosso município.

Paulo Alencar