segunda-feira, 16 de junho de 2008

Maré Alta 15.06.2008
Arico Siarra

O movimento político de Marechal Deodoro
A situação política em MD é de uma indifinição total. Ninguém, por mais estudioso que possa ser, poderá, com absoluta certeza, definir quais as tendências que se firmarão para um embate final. De todos os candidatos lançados, acreditamos que dois dos que se dizem candidatos majoritários, não tem qualquer condição de pleitear e levar avante suas candidaturas (suas pretensões se resumem a uma vontade pessoal da busca de uma moeda de troca mais valorizada). Outras duas pretensões são uma incógnita, em função de problemas transcendentais: O presidente da Câmara Municipal, tem contra si não só o desgaste de um processo iniciado pelo Ministério Público mas também as consequências que ainda poderão advir do resultado final desse mesmo processo; um outro candidato devido a ilícitos que remontam à sua gestão como prefeito do período 1996/2000 tem um peso permanente de incertezas para sua candidatura. Todavia, excluida a possibilidade de uma rejeição a seu registro de candidato, seu nome figura como um candidato que, pelo seu carisma popularesco, pode ser considerado, de saída, o de maior intensidade política local.

O que acabará vingando
Restarão apenas quatro candidaturas: Cristiano Matheus, tendo como seu mentor Renan Calheiros; Euclides Mello apoiado na força política remanescente de Fernando Collor e um apoio pífio do governo de Téo Vilela; Junior Dâmaso, tendo como tutor seu tio Danilo Dâmaso; Paulino Lopes, cuja força está assentada no partido do presidente Lula e algumas lideranças de candidatos proporcionais.
Os vereadores atuais, que representam um valor agregado de suma importância, embora desgastados pelo processo da malversação de recursos públicos, juntamente com mais alguns pesos pesados, acham-se distribuídos pelas fileiras dos candidatos Euclides Mello e Junior Dâmaso com um peso maior para este último candidato.

O cerco aperta
Ao se aproximar a data final dos registros das candidaturas, intensificam-se as conversas entre os blocos cada qual procurando alargar suas possibilidades de sucesso, tentando arrebatar, cada qual para si, potenciais importantes que lhes assegurem a concretização de seus objetivos na reta final, ou seja: a eleição como prefeito de Marechal Deodoro.
Existe um partido muito bem formatado, o PSC, de candidatos a vereadores de reconhecido equilíbrio potencial, mas com problemas sérios de composição, uma vez que os mesmos ocupam a totalidade das inscrições possíveis, o que impossibilita qualquer composição de coligação partidária. Seu único objetivo são as eleições proporcionais. Acrescente-se que seus canditados acham-se dispersos, com sua maioria unindo forças extra coligação, com o candidato majoritário Junior Dâmaso.


Um outro enfoque político
Junior: É de todos os três, o mais puro. Tem, todavia, em seu tutor, o seu principal carrasco. Fica muito difícil dividir um palanque com muitos dos que o cercam, principalmente o prefeito afastado, que continua circulando livre, como se as ações judiciais contra o mesmo, nada representassem
Euclides: Seus métodos de fazer política e sua desenvoltura no passado não se coadunam muito, com a sensibilidade política e o discurso de boa parte dos políticos da terra. Pode pesar também, as forças que rodeiam o candidato;
Cristiano: Parece ser o mais transparente. Entretanto pesa muito na balança o fato de ser considerado um forasteiro sem qualquer vivência com os problemas do município e nenhuma participação ou contribuíção para o mesmo e, segundo se comenta, existe a possibilidade de uma sua desistência a favor do candidato Euclides, costurada em Brasília por Renan e Collor.
João Lima: É um candidato da terra. Seu carisma lhe concede boa base eleitoral. Para ele é importante a permanência de outras três ou quatro candidaturas. Mas sua condição de político com condenação pode enviabilizar sua pretensão.

O partido do presidente Lula
Neste caldeirão de perplexidades e indefinições, movimenta-se o PT com o seu candidato Paulino, aparentemente sem afrontar qualquer um dos demais concorrentes, mas detentor de reconhecido potencial representado pelos mais de 70% da aprovação popular do presidente Lula , sendo o único partido a receber com exclusividade a bênção política daquela máxima magistratura da nação brasileira.
O Partido dos Trabalhadores, vem discutindo toda a complexidade da situação global, com alguns dos concorrentes que o tem procurado, mas tudo leva a crer que o diretório municipal do partido de Lula, acreditando na força popular do presidente operário, acabará marchando com sua própria candidatura majoritária.


Está começando o festival de inaugurações
Na última sexta-feira 13, Marechal Deodoro movimentou seu centro histórico, em festiva seqüências inaugurais de conclusões restaurativas, com a presença de diversos políticos, autoridades públicas estaduais e municipais, além de representantes do IFHAN e do BNDES. Tal movimentação terminou com uma solenidade na antiga cadeia do largo da matriz, com autorga de agraciamentos, bênção cristã e diversos discursos.

A beleza de um desfecho
O desfecho do evento não poderia ser mais auspicioso para a época das eleições que se aproxima, com alguns candidatos a prefeito presentes. O governador discursou fazendo breve explanação sobre a importância histórica de Marechal com a restauração de seus monumentos. Referiu-se às contribuíções dadas por diversos políticos para a concretização das obras previstas. Em seu breve discurso, o governador fez questão de demonstrar seu entusiasmo face a uma série de projetos a evidenciar um momento de excepcional fase de desenvolvimento do Estado de Alagoas.
Ao fim da solenidade, a prefeitura proporcionou um bem servido coquetel .

E pode, éh!
Para alguns dos populares presentes, constituiu-se numa surpresa a presença do prefeito Danilo Dâmaso, judicialmente bi afastado do poder. Sua constância em toda a solenidade foi tão marcante que o governador em seu discurso, a ele se referiu por mais de uma vez, superando em sua fala, as referências à prefeita em exercício, Daniela Dâmaso.

O próximo futuro
Pelo andar da carruagem, nos próximos meses ainda teremos mais um porção de eventos inaugurais, posto que os trabalhos de restauração, continuam.

Um comentário:

Anônimo disse...

A arrecadação de Marechal atrai muita gente, políticos sérios e muitos corruptos que só pensam em meter a mão no dinheiro do povo. Com a saida de João Lima do páreo, a pressão em cima de Cristiano Mateus que é um estranho no ninho naquela cidade,e o fraco desempenho dos demais - Paulino, Fifi, Múcio e Newdson - fica para o povo decidir entre o sobrinho do Gabirú e o primo do Collor. Aí é um passeio para o primo, apesar do derrame de grana pelo sobrinho do Gabiru na compra dos apoios dos candidatos a vereança.