quarta-feira, 16 de julho de 2008

DESOLAÇÃO NA ORLA DO FRANCÊS






MAIS BARRACAS AO CHÃO
Mais uma das 34 barracas que existiam na orla do Povoado da Praia do Francês foi demolida. Desta feita foi a do Olival, um dos poucos nativos que lá se estabeleceram desde o início da construção das barracas. Segundo informações passadas pelos funcionários do SPU, mais três barracas, cujos processos de reintegração de posse estão conclusos, ou seja, foram julgados não cabendo mais recursos, deverão ser demolidas em breves dias. Essas barracas serão a do Pintinho, Olinda e Tarrafa’s. Com mais essas barracas demolidas serão mais famílias desamparadas e carentes de novas fontes de renda.
A SITUAÇÃO PODERIA SER OUTRA
A situação poderia ter sido evitada se os proprietários, na gestão do ex-prefeito João Lima, não se deixassem levar pelo conto da sereia emitido por um deles e mantivessem o acordo entre a Prefeitura, SPU, Associação dos Proprietários das Barracas e ainda com o aval da Empresa Alagoana de Turismo e ABAVE. Outra grande oportunidade para que não houvesse as demolições seria se o prefeito afastado Danilo tivesse concordado em assumir a gestão da área junto ao órgão federal e o disciplinamento do uso do solo em outras condições.

ESPERTALHÕES
Muitos espertalhões se aproveitaram, principalmente da inocência e do desespero dos nativos e mais humildes, com promessas de ingerências políticas ou gestões jurídicas que os tirariam daquela situação. Já ameaçados e sob uma enorme pressão, ainda tiveram que disponibilizar suas economias para procedimentos que de há muito sabía-se inócuos.

A ESPERANÇA
Resta agora a esperança que ao fim desse processo possa ser executado, numa nova gestão municipal, um novo projeto de urbanização contando com a simpatia do SPU, com menores barracas (em tamanho e quantidade), áreas de lazer para a comunidade com quadras de esporte, play-grounds, entre outros equipamentos públicos. Os novos proprietários terão que se submeter a uma concorrência pública para assumirem seus novos estabelecimentos e os nativos do município deverão ter prioridade na seleção.

SOLIDARIEDADE
Euclydes Mello busca junto à Oficial de Justiça Federal e dos técnicos do SPU maiores informações sobre o processo de reintegração de posse da área de marinha da Orla do Francês e presta sua solidariedade à família do proprietário Olival, que não suportou assistir a ação.

Um comentário:

Anônimo disse...

É inaceitável que ainda existam mentes tão mesquinhas que prefiram deixar a população de um município fora dos benefícios de novas obras e benfeitorias, simplesmente por ser de posições políticas divergentes de seus autores. Ser contrário que se tragam para Marechal Deodoro recursos que seriam destinado para o benefício de tantos com a possibilidade de geração de novos empregos só pode ser oriundo de pessoas doentes ou maldosas a ponto de preferir o sofrimento do povo a se curvar às evidências do poder. E quando esse poder está do lado do povo temos mais é que aplaudi-lo. Não dá para entender que até os próprios membros do partido do presidente se coloquem contra ele por aproveitar o momento eleitoral realizando importantes obras. O povo precisa aprender a separar o joio do trigo.
Wagner Ribeiro