
Além de tudo, é bom que se frise, a fachada e a coberta dos imóveis é mais uma propriedade comum do que individual, pois ela está mais exposta aos que circulam pela cidade que aos que vivem no interior dela. No meu entendimento é até burrice, pois, pensar que ao descaracterizar a casa, que faz parte da história do município, o proprietário estará tornando a cidade mais atraente. Pelo contrário. Com modificações modernosas o proprietário estará contribuindo para que Marechal Deodoro perca mais e mais sua oportunidade de viver dias de glória com um turismo cultural borbulhante, a exemplo de outras cidades como Penedo, em Alagoas, e são Cristóvão, em Sergipe. Cidades onde a própria população exige que a preservação seja um ato contínuo e respeitado por todos.
Fico a torcer para que, após o tombamento federal, todo deodorense exerça o hábito de, não apenas esperar as ações do poder público, mas também de agir individualmente visualizando um futuro de prosperidade. Não retornemos ao esquecimento, ao marasmo, à alienação e ao indiferentismo ante a situação de decadência do município, como tem sido nesses últimos anos, mesmo após os tombamentos municipal e estadual. Exerçamos nosso papel de cidadão!
Paulo Alencar
Um comentário:
Não sendo morador de Marechal Deodoro não consigo compreender porque seu povo parece ter vergonha de seu passado. Nunca ví em qualquer outro lugar tanta gente fazendo força para destruir e modificar as marcas de uma história tão bonita. Não seria falta de um trabalho junto a população para que seus moradores entendam que as casas e monumentos tem que ser preservados para que haja turismo dentro da cidade histórica?
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