E A FAMÍLIA, COMO VAI?

Por Edvane Freire
O computador e a televisão estão tomando conta de todos os espaços, principalmente os do ambiente familiar. Os pais, quando diante da televisão, deixam sempre o diálogo com os demais membros da casa para a hora do intervalo, e quando nesse intervalo não surgem propagandas interessantes. Com o computador a coisa não é muito diferente. Seus usuários não podem falar no momento... interrupções cortam o raciocínio ... o trabalho (de casa) é muito importante. No fundo tudo não passa de mais uma desculpa para justificar mais um adiamento do diálogo familiar.
E a família como fica?
A bem da verdade, a família fica cada dia mais abandonada, sem discutir seus problemas. Os filhos sem a presença de seus pais, os pais sem liderar e orientar seus rebentos.
A televisão e o computador têm tido um papel desagregador da estrutura familiar. Os filhos acabam a mercê apenas da orientação dos “amigos” da rua, e muito próximos da adoção pelos traficantes. As “lan hauses”, onde tudo é válido, em muitos casos até as drogas, passam a significar, de um lado a fuga dos pais no enfrentamento dos problemas do dia-a-dia e de outro o aconchego para as crianças e adolescentes isolados, abandonados mesmo dentro de suas próprias casas, vítimas do domínio da televisão e do computador.
Ainda é tempo de resgatarmos a família. É só desligarmos um pouco a televisão e o computador e usarmos um pouco mais do nosso tempo em uma conversa amena, trivial promovida entre os participantes da família. Conversa de amigos que deveremos ser como membros familiares. Pelo menos nas horas em que fazemos a refeição, todos juntos. Vamos experimentar?