segunda-feira, 18 de junho de 2007

VIOLÊNCIA - DISCUSSÃO ABSTRATA

Com tantos e tantos atos de violência que presenciamos ou tomamos conhecimento neste país ficamos a imaginar que já passamos do fundo há muito tempo. O estarrecedor é que só observamos a apatia das autoridades, dos legisladores, dos homens da justiça (que parecem só se preocupar com os direitos humanos de bandidos).
Há dez anos, aproximadamente, tomamos conhecimento de um índio ser queimado vivo na Capital do País e, de lá para cá convivemos com tantos outros casos escabrosos como morte de jornalistas, de estudantes em sua própria escola, de meninas morta no metrô do Rio, do trucidamento de casal de jovens sob o comando de um menores, das chacinas, dos ataques organizados em São Paulo e Rio entre tantos e tantas outras notícias de violência, bandidagem, crimes de toda sorte. E o que obtemos em resposta? Discussões evasivas, na maioria dos casos com o evidente objetivo eleitoreiro e publicitário, sobre endurecimento de leis, aparelhamento das polícias, construções de novas unidades prisionais (solução preferencial para os políticos que adoram construir, mas não são muito bons em administrar e manter). O cerne da questão? Esse não vemos na pauta das discussões: a estruturação da família, a formação e ocupação do menor e do adolescente, além do resgate dos valores morais acompanhado do necessário combate a impunidade no setor público e político.
Será que o brasileiro não vislumbra que para se reverter esse quadro necessário se faz que todos os cidadãos sejam defensores das leis e se conscientizem que para serem respeitados como tal precisam exercer o seu papel participativo nos problemas da sociedade?
Os governantes e os políticos só agirão sob a pressão popular, pois é a única forma que eles temem porque reflete na imagem e, principalmente, nas urnas. Precisamos, todos sem exceção, fazer algo. Por menor que seja nossa participação será valiosa diante da omissão generalizada da população comum, já que é evidente no meio político a total inversão dos valores morais vigentes considerando hoje que ser correto é burlar, ludibriar, é ser “esperto”.
Paulo Alencar

Nenhum comentário: