Maré Alta - 27.10.2009
Arico Siarra
Notícias, notícias mil sem nenhum conteúdo
Recebo diariamente e-mails oriundos do gabinete da imprensa da prefeitura de MD que venho catalogando (já passa dos 80) para um oportuno comentário sobre o conjunto dos mesmos, recebidos até o momento. Às vezes o resumo é tão precário que torna o informe incompreensível e até perigosamente comprometedor. Recentemente foi enviado o seguinte: “Falcatruas são reveladas para imprensa O prefeito Cristiano Matheus revelou em coletiva à imprensa, as irregularidades apontadas pela auditoria na folha de pagamento. E também revelou um rombo no cofre do Fapen” .
Tudo isso, acontecido aonde! Em Marechal Deodoro? Quando? Nos nove meses de sua gestão?
Entre outras baboseiras, no mês de setembro foi enviado um informe, mais uma vez resumido, que abreviadamente dava conta de uma “audiência pública na Câmara de Vereadores”. Ao se ler o texto fica-se sabendo que o vice-prefeito e secretário da saúde Petrúcio Soares Fifi, esteve na Câmara, prestando contas de sua pasta. A isso foi chamado Audiência Pública? Que Padeciço me socorra!!!!
Isto nos lembra um jornalzinho que teve uma ou duas edições ao tempo do Dr. Fifi presidente da Câmara, onde numa das edições estava estampado: O vereador tal, apresenta projeto de lei ao Estado para duplicação de Al 101. No texto, nós, os Zé Povinhos, tomávamos conhecimento de que aquele vereador investido de representante da nossa comunidade enviara um ofício ao Governo do Estado para que fosse agilizada - ou qualquer coisa assim - a duplicação da referida via pública estadual. Será que esses nossos políticos não sabem diferenciar um projeto de lei e uma simples missiva em forma de ofício? Ou acham eles que somos todos idiotas? Apesar de todo este absurdo a que somos submetidos, seria altamente salutar convidar alguém com o necessário preparo para uma palestra sobre o que seja e para que se presta uma audiência pública, bem como a diferença entre um projeto de lei e um ofício!!!
E Barrichello?
Com o grande prêmio da fôrmula 1 do Brasil, melancolicamente, o sonho acabou, bem como a deslavada e absurda torcida do seca pimenteira (Gavião Bueiro), que poderia ter mais respeito e consideração para com o torcedor, obrigado a ter de ouvir tão ridícula postura de um profissional do microfone, num evento de importância internacional. Se não com imparcialidade pelo menos com mais moderação e acima de tudo, com o respeito minimamente devido aqueles outros astros do volante, que demonstraram toda a sua genialidade para atingir os pódios necessários, somados a outras tantas classificações pontuais, capazes de levá-los aos títulos de Campeões. E se pensam que não torci por Barrichello, estão redondamente enganados. Torci e muito... Porém, consciente de suas sumárias possibilidades e considerando suas limitações. Ano que vem, Barrichello mudará de escuderia. Ótimo! Será mais um ano de boa receita para um brasileiro que poderá se tornar, futuramente, um empreendedor aqui neste nosso país, gerando empregos e renda para brasileiros. Mas não deveremos ter ilusões... Para nossa ufania, só nos resta o retorno de Felipe Massa!
Impressionante
Quem diria! O jornal “O ESTADO DE SÂO PAULO” publicando um matéria de grande profundidade, demonstrando os positivos impactos econômicos do Programa Bolsa Família. Está lá! No “ESTADÃO” de dia 16 último. A reportagem publicada mostra os resultados de um estudo que analisou e concluiu mensurando com números, o abrangente efeito positivo daquele programa de inclusão social. A analise, que teve como base os anos de 2005 e 2006, evidencia que o acréscimo de R$ 1,8 bilhão no Bolsa Família proporcionou um crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB), da ordem de R$ 43,1 bilhões o que por sua vez provocou um conseqüente acréscimo adicional nas receitas tributárias, de R$ 12,6 bilhões
Quem são os autores do estudo
Se pensam que são economistas ligados ao PT ou a alguém que comunga da intimidade da sala de jantar do presidente Lula, estão completamente enganados! Esta análise foi elaborada por um economista (Naercio Aquino) que além de professor da Faculdade de Economia da USP, é também o coordenador do Centro de Políticas Públicas, do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa). Para a concretização deste trabalho este professor contou com a colaboração de outro reconhecido economista (Paulo Henrique Landim). E estes economistas não estão nada afetos à cartilha das teorias heterodoxas de programas de inclusão social.
O meu diabinho, certamente do mal, até fica me cutucando para me fazer crer que o intuito inicial do estudo era o de constatar que o Programa Bolsa Família, estava sendo uma grande demagogia política do governo Lula.
O que mais falta?
Está provado, agora mais que nunca, por alguém insuspeito, que programas de transferência de renda bem direcionados são instrumentos multiplicadores numa economia devidamente ajustada. Só para se ter uma idéia simplista sobre os números acima expostos, podemos constatar que, para cada quatro (4) centavos acrescido aos valores disponibilizados para o Bolsa Família, haverá um crescimento no PIB, da ordem de um (1) real.
Tudo isto elevado à casa dos bilhões, dar-nos-á a idéia clara do efeito que esse programa representa na economia da nação, pela inclusão de uma fatia de gente agora com poder de consumo, que significa poder aquisitivo, que se traduz por compras que exige mais aumento de produção industrial e de expansão comercial, com geração de mais empregos, com mais conseqüente poder aquisitivo e mais expansão de compras e mais produção e mais, e mais, e mais... E também demonstra porque toda a política do governo do presidente Lula, voltado para o social, foi, se não o maior, um grande fator a influir numa crise que se evidenciou marola, sim. Será que os manteúdos do apocalipse conseguem alcançar esta clara compreensão? Não? Aaaahhh! Tá explicado!
É por isso que eu te odeio, operário Lula.
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