Maré Alta – 08.10.2009
Arico Siarra
Notícias que não costumam sair na grande mídia
Não perdem a embocadura
Um general americano, Jim Jones, assessor do presidente dos EUA, Barack Obama, esteve cá pelo nosso país e deitou falação como se aqui fosse uma colônia americana: Recomendou que o Brasil não mantivesse contato para negócios do petróleo com Irã e da Nigéria, mostrando simultâneo desagrado pela negociação de um empréstimo de dez bilhões de dólares (US$ 10.000.000.000-) que a China colocou à disposição do Brasil, em troca do petróleo brasileiro, a ser extraído do pré-sal. Mais patético ainda, é que o visitante em reunião na Petrobrás, arrogantemente disse que os EUA deveriam ter sido consultados sobre o assunto.
Não vi qualquer informe de pedido de desculpas por parte do governo daquele petulante poderoso país que há pouco mais de um ano colocou nosso planeta terra numa desabalada crise onde os países pobres sempre pagam o pior pato. Incapazes de controlar e resolver seus sérios problemas, mas sempre arrogantes
e pretensiosos a quererem se imiscuir na soberania de outros países.
A grande virada do Banco do Brasil
Quando o governo federal trocou a diretoria do BB, a oposição foi de pau e espingarda em cima do presidente Lula. E a mídia deu plena cobertura à hipócrita quanto fraquíssima argumentação dos “quanto pior melhor”. O objetivo de Lula colocado de forma clara, era o da redução de juros, que os bancos privados teimavam em não baixar. E a destituída diretoria do BB, seguia firme, a política dos bancos particulares. Os inatingíveis senhores feudais do particular universo financeiro, verdadeiros sanguessugas da nossa economia, afirmaram
que as taxas a serem praticadas pelos bancos públicos (aqui, entenda-se o BB
e CEF), não seriam sustentáveis.
Pois bem: O BB fechou o segundo semestre de 2009 (após a troca da diretoria)
com um lucro líquido de dois bilhões, trezentos e quarenta e oito milhões de
reais (2.348.000.000,00), ou seja: 42,8% acima do mesmo período do ano passado (antes da manifestada crise). Com o resultado deste primeiro semestre do corrente ano, a instituição estatal, retomou a liderança do setor bancário do país. E agora como estão os papagaios senadores e os deputados federais da oposição que tanto criticaram as mudanças da diretoria do BB?
Procurando explicar
A grande massa da população não entende certos termos do universo financeiro. Assim, por exemplo, é chinês, falar para uma boa parte da população em “Spread”. Mas spread, nada mais é do que a diferença do custo que o banco paga pelo dinheiro captado e o que ele cobra pelo dinheiro aplicado. Para uma maior exemplificação, suponhamos que um banco capte uma grana, seja de pessoa física ou jurídica, em depósito a prazo fixo, e pague por essa captação, 1% de
juros ao mês. O banqueiro emprestará essa grana no mesmo dia (se é que não emprestou no dia anterior) a 3,5% am.
Logo o spread aplicado foi de 2,5% am. Mas se alguém pensa que a coisa para
por aí, está muito enganado. Tem o fenomenal cheque especial pelo qual o
correntista pode sacar a descoberto, por cujo saldo vermelho ele estará pagando de 6 a 10% am. E é só? Não!
Todo o banco tem o seu cartão de crédito para o qual é destinado uma boa grana daquela captada a 1%, e que vai render aos cartões de 8 a 12% am, calculado em cima do saldo devedor deixado para além do seu vencimento. Para concluir, nosso país, Brasil, está entre os cinco países que tem o maior spread do mundo. Um absurdo para quem cobra do correntista, até a rodopiada da porta giratória da entrada (e saída) de suas agências.
Não é mágica!
Grana captada hoje e emprestada ontem? Sim! Quantas vezes você já não enfrentou o gerente de banco, para obter um empréstimo. Ele, para te fazer o grande favor de te arrumar aquele valor que você precisa para ontem, finalmente concorda em te fazer o empréstimo com a seguinte observação, depois de tudo assinado com a data do dia:
-Tá tudo certo! Mas você só poderá sacar amanhã! Porque só hoje à noite é que a
operação será processada (isto é uma das mentiras mais deslavadas que existem. E esta observação acontece depois que ele tentou empurrar um seguro ou um título de capitalização com direito a milhões em prêmios. Só não digo que estes não acontecem, porque uma amiga minha, dona de uma pousada no Francês, já foi premiada. Mas, em meus 50 anos de espoliado pelos bancos, é a primeira sortuda, de um universo abrangente de aproximados conhecimentos).
Um bom exemplo
No município de Igreja Nova, AL, uma parceria entre a Prefeitura, a Câmara de vereadores e a Usina Caeté S/A., beneficiou 35 famílias de duas comunidades lá
do Baixo São Francisco.
A Usina não satisfeita em ser a maior geradora de empregos da região, cedeu uma área de 25 hectares para plantio de feijão e milho, cuja colheita já foi realizada, tendo sido colhido cerca 18 toneladas de feijão e 25 toneladas de milho. A área cedida para o plantio é aquela parte de terra destinada à renovação do canavial.
E, mudando de mídia...
Alô, Alô, Marechal Deodoro!
Acreditamos que com boa vontade, aquele bom exemplo pode muito bem ser almejado pela gente trabalhadora de Marechal Deodoro, não? Será que o seu prefeito e os dignos vereadores, máximos representantes da população do
da Usina Sumaúma da família Toledo!
Vamos tentar?
Fôrmula 1
E o nosso Barrichello, hein!? A esperança é a última que morre... Será que sem o seca pimenteira da globo, ele não teria tido melhor sorte até hoje? Torçamos para que a esperança, não se esvaia em algum fatal acidente!
Quanto ao resto, só uma perguntinha: Por que não foi ele o ganhador dos grandes
prêmios que seu companheiro de escuderia com carro igual, venceu?
Mal comparando
Ouvi Barrichello referir-se, em tom de crítica, ao acidente premeditado de Piquet Junior! Terá sido isso mais grave do que ocorreu com Barrichello, na Ferrari, quando deixou passar, despudoradamente, numa das últimas voltas, o seu companheiro de escuderia que necessitava do primeiro lugar para garantir em pontos, o sucesso de campeão?
Ou aquilo não, mas isto sim, faz parte do jogo?
Quê mais?
Depois de tudo, só falta uma piadinha sem graça, né? Então lá vai:
“Um ciclista pedalava tranqüilo por uma auto-estrada, quando avistou, paralelo a esta, mas bem mais em baixo, um grande rio. Na sua margem encontrava-se um pescador de vara em punho aguardando algum esfomeado peixe. O ciclista parou à beira da pista e gritou lá para baixo:
- Oi! Como está a coisa aí? Tá dando?
- Eu não! Mas se você quiser me dar sua bicicleta eu aceito!”
Uma frase: Já estão me considerando tão idoso que nem mais me perguntam a idade. Querem apenas saber quantos comprimidos tomo por dia.
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