segunda-feira, 13 de julho de 2009

Até logo, Guerreira

Pouco tempo te conhecia. Pouco, mas suficiente para que surgisse em mim um sentimento de admiração. Admiração que foi sendo nutrida e fortalecida dia a dia ao perceber tuas atitudes, conhecer teus ideais e um pouco de tua vida.

Eterna lutadora. Vencedora de várias batalhas pessoais
nas adversidades que a vida te reservou, possivelmente como meio escolhido pelo Pai para teu engrandecimento espiritual.

Triunfante em vários embates nas causas públicas na incessante busca por justiça e igualdade entre os viventes. Implacável no combate aos teus adversários, ao tempo em que eras doce e meiga ao separar o trato pessoal das disputas no campo das idéias e das atitudes públicas.

Amiga de todas as horas. Tinhas sempre uma palavra de conforto e otimismo, mesmo quando em teu íntimo não estavas tão confortável e otimista. Estavas sempre pronta a oferecer teu ombro amigo ou tua inteligente perspicácia para dar conforto ou minorar os problemas de quem quer que a ti recorresse.


Neila Marina Ciglioni Barbosa, grande mulher, grande profissional, grande amiga e um exemplo de mãe dedicada. Mesmo sabedora de que essa poderia ser tua última batalha, pois a desvantagem te era evidente, não te estregavas e procuravas transparecer o otimismo e o humor, marcas registradas e sempre presentes em tua vida.

Minha querida amiga Neila, assim te vi até em nosso último encontro. Acostumada às lutas contra teus mais variados adversários, teu corpo, tão agredido por esse inimigo traiçoeiro e devastador, não estava mais suportando e conseguindo reunir forças necessárias para enfrentar mais um combate. Lembro que naquele dia ainda brincastes rindo de teu tirano inimigo, mas mesmo sem querer, deixastes transparecer que estavas prestes a jogar a toalha.

Partistes deste plano. Rumastes para outro a chamado do Pai e certamente com uma nova missão, tão ou mais altruísta quando a que desempenhastes. Sua garra e coragem aliada à sensibilidade e dedicação aos teus semelhantes certamente estão sendo reconhecidas por Ele a ponto de teres que partir tão cedo para novo empreendimento. Partistes na certeza de que aqui deixastes uma leva de amigos e admiradores, mesmo entre aqueles que a tinham como adversária.

Até logo, amiga Neila. Até logo, pois espero que algum dia nesse novo plano em que te encontras possamos juntos, quem sabe, enfrentarmos uma nova campanha política, escrevermos um novo ATUALIDADES onde irás reassumir um novo Rosa Choque, ou um Di Politikos & Di Politika, orientando os novos consumidores em seus direitos e se mantendo em eterna vigília pela superação do bem.

Neila Marina Ciglioni Babosa estejas em paz!


Paulo Alencar


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