segunda-feira, 8 de junho de 2009

MARÉ ALTA - 08.06.2009
Arico Siarra

Fôrmula l

RUBENS BARRICHELLO
Antes da corrida do grande prêmio da Turquia neste último domingo, Barrichello falou de seu sonho. Acredita que a má sorte e algumas circunstâncias, o afastaram da primeira vitória neste ano.
“Estou um pouco desapontado como isso. Já deveria ter vencido uma corrida, mas após tantos anos, o ”se” não existe mais. Depende de como você acorda. Sonho ser campeão (.....................) acho que é um objetivo possível e só preciso colocá-lo em prática”.

Essa é a questão! Colocar seu sonho em prática...
Os amigos e até familiares dizem que implico com Barrichello, que não gosto deste corredor da alta velocidade. Reafirmo a quem quiser ouvir, que não tenho nada contra a pessoa desse nosso representante na fôrmula l. Acho-o até uma pessoa simpática e ponderada, que de alguma maneira honrou as cores brasileiras por todos estes anos de corrida logicamente dentro das possibilidades de um corredor normal, com alguns tênues lampejos de “parece que agora vai”. O que não suporto mais são as patriotadas da nossa mídia global que passou a vida tentando fazer dele o grande corredor que com certeza ele não foi e não será. A inútil euforia se que apoderou dos críticos da Globo, após o trágico acidente de Sena – este sim, gênio - sempre foi a da mais cretina das teimosias de quem afinal tem a obrigação de conhecer o potencial de todos os corredores de fôrmula 1 e emitir opiniões mais sensatas dentro de uma responsabilidade profissional tão adulta quanto séria.

QUESTÃO DE CARROS RUÍNS, CARROS BONS
Este sempre foi uns dos pontos questionáveis: Afinal é o carro que se quebra ou o piloto que o quebra? Na fase anterior à Ferrari, Rubens Barrichello vivia abandonando provas ou correndo distante adas primeiras posições por causa das quebras freqüentes dos carros que pilotava. Carro fraco! Carro que quebra! O que o corredor pode fazer? Com carro de segunda, não se podem esperar milagres. Veio a oportunidade da Ferrari, um carro de ponta! E o que se viu? Bem, mas aí Rubinho teve como companheiro, um gênio! Sim! Concordamos! O gênio que Rubens Barrichello nunca foi.. Que embora não tão freqüente, continuou perdendo algumas oportunidades pela quebra de seu carro.
Saído da Ferrari, voltou ao drama anterior: carro de segunda linha. Nova fartura de quebras. Demonstração de corredor mediano. Algumas raras pontuações e finalmente um recorde de décimos e décimos segundos lugares. Finalmente chegara a hora de pendurar o volante. Ia parar! E aí, outra grande chance de pilotar um bom carro. Carro de ponta. Construído por um dos engenheiros gênios da fôrmula l . Como sempre, dois carros, para dois pilotos. Iniciada a temporada, o que temos presenciado?

QUAL A DESCULPA, AGORA?
Agora sim o Rubinho vai! É! Vai pra grama. Vai para mais uma quebra. Mas não melhorou? Melhorou! Mas não chega lá! Não está lá; E quem está? Seu companheiro de Brawn Mercedes! Em sete grandes prêmios venceu seis. Que perfôrmance! Carro de primeira linha? Sim! Carro de primeira linha. O mesmo carro dos dois companheiros? Sim! O mesmo carro para ambos! Então qual a diferença? Nem vou dar-me ao trabalho de responder.

O SECA PIMENTEIRA
A globo prestou um grande serviço aos telespectadores de afastar ou pelos menos alternar a presença de Galvão Bueno. Aliás, temos a impressão que ele já não está mais com aquela bola toda, depois de suas bisonhas transmissões nas últimas Olimpíadas. Mas aqueles que o estão sucedendo parece terem sido contaminados pelos vírus GB, senão vejamos: Na transmissão da corrida deste domingo último grande prêmio,o da Turquia, antes do seu início, a euforia foi de tal porte, que até nós esquecemos da realidade. Só porque ele conseguira um terceiro lugar na largada, tornou-se quase certo, na opinião dos especialistas de Globo, a vitória a ser alcançada pelo grande astro Barrichello. E a triste realidade ficou evidenciada logo na partida. Na hora da largada, o piloto Barrichello e não o carro, deixou a marcha cair para ponto morto e com isso ele que figurava em terceiro, saiu para lá do décimo lugar (lembramos que cansamos de escrever sobre sua paixão o ano passado pelo décimo ou décimo segundo lugar). E ontem, a sua perfôrmance foi sempre muito fraca durante a corrida até o abandono da mesma. Assim caminha seu sonho!!!

Não torço contra, mas sou bem mais Felipe Massa. Gostaria de vê-lo pilotando o carro de Barrichello!

Um comentário:

Anônimo disse...

Continuo concordando contigo, caro Arico. O grande e inesquecível Sena era O GÊNIO! Quanto ao nosso Barrichello, até que tenta e, convenhamos, tem seus lampejos de azar, mas deixa muito a desejar. A nossa esperança de voltar a ter momentos de vibrações na Formula I ainda é o Massa... não o Carlos, mas o Filipe. Enquanto isso vamos continuar torcendo, afinal somos brasileiros e não podemos deixar a peteca do otimismo cair.
wagner ribeiro