Relembrando as Eleições
Muitas foram as futricas que circularam nas mais altas rodas politiqueiras das esquinas, bares e botequins, antes, durante e depois das eleições. Até nos dias atuais o assunto ainda é motivo de comentário e altas discussões entre os mais abalizados analistas da terrinha. Diante do recesso deste jornaleco (parece que por pura preguiça de seus editores) só agora poderemos levar ao conhecimento de muitos esses bochichos.
Os concorrentes
Dos aproximadamente 14 pleiteantes para a mais alta cadeira do município, restaram apenas quatro – e que ainda muita gente achou que foi muito... ou muito pouco se a base de julgamento fosse a qualidade.
Quem eram eles?
JL - De início o mais querido do povão, o vaidoso e persistente João Lima não poderia deixar de ser mais uma vez candidato. Não fosse sua costumeira postura política camaleônica de propostas inconsistentes, certamente teria tido mais apoio político (pois ainda detinha o popular) e poderia concorrer com mais desenvoltura. Seu vice, homem honrado, mas com pequeno potencial para uma disputa majoritária, não teve o necessário respaldo para agregar valores à campanha.
JUNIOR - De início bem mais cotado, seria o sucessor natural da atual administração. Junior Dâmaso, jovem de pouca experiência política, mas filho de pessoas dignas e aparentando boa vontade para acertar, prometia um bom desempenho não fosse ter sido indicado por DD, o aliado que se tornou o maior cabo eleitoral de seus adversários pela história enlameada que deixou profundas marcas na vida do deodorense. Seu vice, figura carimbada da política deodorense, é muito querido, mas ainda carrega a fama de farrista o que reduz muito o seu potencial de fogo para ajudar o primo.
MATHEUS - Tido como forasteiro e demonstrando não ter conhecimento da vida e da história deodorense, contou com seu grande trunfo - a participação quase diária em programas populares de TV que o fez conhecido e admirado. Cristiano, não tendo grupo político em Deodoro, teve que fazer alianças políticas de última hora para viabilizar sua campanha. O prestígio conquistado na TV e sua decantada beleza física o fizeram o prefeito das moçoilas. Aliado a tudo isso, uma campanha organizada e aguerrida empreendendo uma postura bastante popular, superou a rejeição a seu vice e o fez prefeito.
EUCLYDES - O quarto candidato, Euclydes, mesmo não sendo deodorense, já tinha conhecimento de alguns problemas da terrinha por circular com certa freqüência em visita a sua propriedade. A experiência política, por já ter exercido cargos eletivos até em São Paulo e por ser primo do ex-presidente Collor, o credenciava também como um dos favoritos, não fosse a pecha de arrogância e desorganização atribuída à coordenação de campanha. Por outro lado menosprezou o poder de barganha de seus adversários que colocaram por terra seus planos de prestação de serviços públicos antecipados e uma vultosa verba de campanha.
O QUE ESPERAR
Do vencedor da corrida à Prefeitura, Cristiano Matheus, não se pode afirmar muita coisa. A sua inexperiência como administrador público não permite uma previsão menos arriscada do que pode vir a ser sua atuação como prefeito. Pouco se sabe de concreto da maioria de seus assessores. O que se pode avaliar pelos nomes definidos e já empossados, é a intenção de uma equipe da mais alta qualidade. Um comentário pode ser ouvido em uníssono, mesmo incluindo os mais retraídos dos munícipes: com o fim da era Dâmaso a probabilidade de um período de real progresso para o município é grande, mesmo sem decantada experiência administrativa.
DESAGREGAÇÃO
O que não pode (ou deve) acontecer é que, mesmo antes de começar, já exista discórdia na cúpula do próximo governo. A futricada dá conta de uma quebra de braços entre prefeito e vice. Mas ao final, segundo dizem ter dito Matheus, a caneta está mesmo na mão de quem pode e aí, tudo acaba em pizza.
ORDEM NA CASA
Parece que vai dar uma trabalheira danada para a nova administração de MD por ordem na casa. Os últimos dias dos Dâmasos, segundo futricam, foram para maquiar os ditos “desmandos” e os equívocos na aplicação do erário. Transição... o que é isso? Segundo dizem alguns auxiliares mais diretos do novo prefeito, a nova turma já anda pensando em contratar um vidente para descobrir o que vinha sendo feito e o que pode ser dado continuidade.
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