segunda-feira, 13 de agosto de 2007

TRANSPORTE ALTERNATIVO


Na condição de profissional (arquiteto) sou consciente em afirmar que o transporte de massa é a solução para a locomoção da comunidade. As vantagens são imensuráveis em se tratando de transportes que possam ocupar o menor espaço possível na malha urbana em relação à quantidade de passageiros transportados. É uma solução que, além de técnica é sensata e perfeitamente compreensível levando-se em consideração os problemas causados pelo acúmulo de veículos circulando numa desgastada e insuficiente malha viária.
Na condição de cidadão e eventual usuário do transporte coletivo vejo que o maior problema, no entanto, é que a frota de ônibus disponível é irrisória e sucateada, principalmente a dos inter-municipais. Numa outra análise, esse problema existe em decorrência, entre outros fatores, da falta de concorrência na operacionalização dos serviços gerando o monopólio, situação altamente negativa em qualquer situação. Aliás, foram esses fatos que originaram a necessidade do transporte complementar, já há algum tempo operando na clandestinidade.
A criação da ARSAL, praticamente imposta pela evidência dos fatos, teve como suporte a necessidade de disciplinar esse serviço, o dos kombistas na ocasião. Aplausos! Mas na prática o que se viu logo de início foi a manipulação politiqueira na seleção para obtenção de uma concessão legal dos até então considerados clandestinos. Exigências sábias para a melhoria dos veículos foram feitas e cumpridas. Tudo parecia estar caminhando bem, já que ninguém se propunha a abrir tão necessária concorrência pública para a prestação dos serviços por coletivos de grande porte.
Com passar do tempo o que se viu foi uma discriminada fiscalização, ou mesmo perseguição aos Complementares que são rigorosamente e exaustivamente fiscalizados enquanto os ônibus, em quase totalidade da Empresa Real Alagoas, nunca são parados, mesmo trafegando sem cinto de segurança, com excesso de passageiros (em pé) entre outras irregularidades. Outra discriminação é o limite imposto para a circulação dos complementares na capital do Estado, teoricamente correta se houvesse a compensação que servisse aos usuários.
Vamos ser sensatos, senhores administradores públicos... não penalizem os já tão massacrados usuários por mesquinhos interesses obscuros e que nos parecem tão claros.
Paulo Placido Alencar

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente a Real só tem realeza para esplorar o passageiro. Os kombistas (complementares) tem toda razão de protestar, principalmente quando o protesto é bem saudável, como foi levar todo mundo gratuitamente. Continuem na luta que o pessoal do DER e da ARSAL precisam tomar vergonha e trabalhar corretamente e em prol do povo e não de seus bolsos.